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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Olhando pela janela...

Era madrugada e ela corria para a sacada cada vez que ouvia um carro passar na rua na esperança que fosse ele a pedindo para descer. Sem falar as incontáveis vezes que ela olhou no celular para ver se não tinha nenhuma chamada perdida ou uma mensagem ao menos perguntando como ela estava. E no msn? O Papa entrava, mas ele não aparecia...
Eles podiam ficar dias sem conversar quando estavam bem, mas um dia quando ela tinha certeza do fim era quase insuportável. Como se ele fosse uma droga, e ela dependesse daquilo tanto quanto do ar para respirar e não tivesse mais dinheiro para compra-la, mais meios para lutar. O que a restou daquilo tudo foi só uma crise de abstinência.
Até que a vontade de dar a volta por cima surge na hora da raiva, - sendo que a raiva que ela sente não é dele, mas dela mesma por ter entrado nessa no momento em que sabia que não daria certo - mas quando se lembra o quanto o beijo era bom, o carinho que ele fazia, as conversas até altas horas e até as "drs" intermináveis percebe que ela daria tudo para viver novamente as mesmas sensações, a mesma paixão e até a mesma ilusão.
Ah! Se ele soubesse disso... Se entendesse as entrelinhas... Se ele se permitisse! A felicidade esteve tão perto, mas ele ao só observar pela janela, a deixou passar, livre como o vento que batia em seu rosto.

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"Vista-se mal e notarão o vestido. Vista-se bem e notarão a mulher." (Coco Chanel)