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domingo, 15 de maio de 2011

Liberdade: Pelo buraco da fechadura

Liberdade, liberdade! Lispector dizia que ela não era suficiente. Alguns dizem que é a melhor coisa que existe. Outros nem a conhecem.
O que eu sei sobre ela é pouco. Nunca tive e me vejo longe de alcançá-la. Tiro exemplo pela do vizinho, do amigo, da guria dez anos mais nova que já fez o dobro das coisas que só ficou na minha imaginação. Eu só fico observando, mesmo sabendo que não se ganha experiência alguma olhando pelo buraco da fechadura.
Aí vem uma amiga e me diz que a liberdade aprisiona e de certa forma ela tem razão. Olhando pelo aspecto sentimental, aquelas velhas histórias de: "Não vou me envolver!" ou "Se eu ver que estou me apegando, caio fora!", acaba se tornando realmente uma prisão. Por que? Porque de repente você tem uma pessoa do seu lado, que te quer bem e a faz bem e a deixa pelo simples fato de não querer se prender! Mas aí, se você prestar bem atenção, você descobre que poderia ser feliz, mas não é, porque prefere voar sem direção e quando se olha no espelho, descobre que é um escravo da solidão que você mesmo procurou.
Mas a liberdade que eu falo é outra. Devo estar entrando na minha fase de adolescência retardada. É isso! Acho que o mundo é pequeno demais para mim, que eu devia ter nascido em outro país ou na época do Woodstock e que fugir de tudo e de todos seria a melhor coisa a fazer no momento.
Pelo o que eu já passei nesses vinte e poucos anos, no mínimo eu deveria estar escolada. Mas não dá! Tudo insiste em ser novo, em fazer sofrer de novo e aquele grito contido no peito dói, machuca, cega. Que vontade de sair berrando pelas ruas como uma louca varrida, talvez isso trouxesse alívio.
Hoje eu vou me remediar com o sono, se ele vier e pretendo acordar amanhã sem o pesadelo. É o que me resta tentar, pelo menos por enquanto.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Por si só!

Você só conseguirá ser feliz a partir do momento que você parar de depositar suas esperanças de felicidade em outro alguém e não em si mesmo. 
Você também só aprenderá a amar quando deixar de confundir amor com posse. Ninguém pertence a ninguém e ninguém muda ninguém. São nas diferenças que aprendemos a admirar o próximo, a respeitar seus limites, a conviver com os erros e perdoar mesmo quando a decepção é maior que a vontade de continuar.
Se hoje amadurecimento significa desamor, desapego e outros "des" necessários, ou se isso é só sinônimo de uma pessoa que sofreu todas as consequências de relacionamentos incertos e vazios, não sei. O que sei e posso dizer é que os pés no chão abrem caminhos muito mais claros e possíveis do que os pensamentos que viajam e vagam pelas nuvens.
Não nego que tenho saudades da adolescência, onde eu me apaixonava uma vez por semana, cada vez por um garoto diferente e confessava todas as paixões em alto e bom som para quem quisesse ouvir. Arrisquei, tentei, fiz, fui julgada e não me arrependo. Foi uma fase que passou como tantas outras, mas que fez com que eu me tornasse a pessoa de hoje, talvez insensível e com um toque de egoísmo, porém realizada.
Finalmente, eu contrario o mestre Tom Jobim em sua música "Wave" ao dizer que é possível sim ser feliz sozinho! Basta que você se aceite como o único responsável em fazer com que sua vida valha realmente a pena.
 

Sample text

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"Vista-se mal e notarão o vestido. Vista-se bem e notarão a mulher." (Coco Chanel)