Pages

domingo, 17 de abril de 2011

Vamos nos masculinizar!

E o mais fascinante é a capacidade de amar e desamar em uma fração de segundos. Seria a tão conhecida arte do desapego praticada pelos homens que teriam afetado o comportamento das meninas cansadas de esperar pela reciprocidade? Talvez.
Hoje um dos conselhos que eu mais ouço e repasso é: "Aprenda a agir como eles!" E como é bom praticá-lo! Já tentaram ou já se imaginaram assim? É a melhor das sensações! A sensação da simplicidade.
Não vamos nos enganar meninas! É fato que amamos complicar as coisas, sendo que elas poderiam acontecer por si só, em seu fluxo normal, sem nossa interferência. Mas nós? Ah! São tantos os porquês que martelam em nossa mente neurótica e possesiva que fazemos questão de estragar qualquer relação que poderia dar certo antes mesmo de começar.
O que um beijo no auge da noite, depois de umas doses de tequila significa para eles? Nada! E para nós? O mundo! Dá vontade de rir, não dá? Mas é verdade. O cara não está nem pensando se você vai lembrar do nome dele no dia seguinte, menos ainda se você vai telefonar ou mandar uma mensagem! E você? Espera justamente o contrário - que não vai acontecer - e ainda consegue fazer planos para o futuro: Como eu vou apresentar para os meus pais um garoto dentro dos meus padrões de beleza e totalmente fora do deles? E nossos filhos? Como seriam lindos e estilosos! Mais risadas, pois eu não aguento a ridicularidade dos nossos pensamentos. Ok! Não vou generalizar, mas que nove entre dez garotas são assim, isso são. Digo isso com propriedade, porque no meu círculo de amizades, só tenho uma amiga que não é assim, inclusive é super bem resolvida, uma raridade!
Enfim, o negócio é nos masculinizar! Não garotas, não vamos largar nossos lindinhos, cheirosos, tatuados, talentosos e desprendidos. A questão não é mudar de lado, se é que vocês me entendem, é só pensar e fazer exatamente como eles fazem e começar a sentir o prazer que eles tem em não querer mais nada além de aproveitar o momento. E meninos, não fiquem bravos! Não os tratamos como insensíveis, até aprendemos a admirar o modo como vocês encaram a vida, e confesso, dá até um pinguinho de inveja, afinal, seria tudo tão mais fácil...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Você não sabe...

Você não sabe, mas quando digo que não sinto mais o seu cheiro, minto. Minto da mesma forma quando digo que cansei e que já consegui te esquecer.
Como não lembrar daquele sorriso de quem adora um mal feito e não acredita na minha nada inocente forma de encarar a vida? Dos seus olhos desviando-se dos meus ao afirmar que não está pronto para o amor e muito menos para o sofrimento que ele poderia nos causar mais adiante? Do modo de como você puxava meu cabelo carinhosamente para me beijar em seguida e de como acariciava minha pele vagarosamente fazendo-a arrepiar gradativamente? Como eu poderia me enganar negando o que sinto? Negando-me? Negando-te?
Se foi o seu jeito torto que me conquistou eu não sei. Se foi a maneira educada e gentil de dizer que não queria me iludir, e não conseguir, também não sei. Se foram as nossas diferenças, menos ainda, afinal são tantas que se eu começasse a enumerá-las, talvez até o fim do texto eu mesma me convenceria que nós não fomos feitos um para o outro definitivamente e contrariaria a lei do eletromagnetismo, repulsando-me de você ao invés de me atrair.
O pior é não saber esconder, mesmo quando tento fugir. É querer assumir e faltar coragem. É gritar, todos ouvirem, e só você não estar por perto.É quando acho que já acabaram as chances e você ressurge, mesmo sem saber, nos meu sonhos tão escassos e raros de acontecer e reacende a luzinha no fim do túnel que renova a vontade de acreditar em nós dois. É tentar ir para outras direções, outros "alguéns" e descobrir que estou andando em círculos, rodeando, rodeando, te reencontrando, me desencontrando. É dizer vai, enquanto a única coisa que eu queria no mundo é que você ficasse do meu lado, sem cogitar a idéia de um dia dizer adeus. É querer ser amada e não poder. É poder ser amado e não querer.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Reticências...

Era uma adolescente como todas as outras. Apaixonava-se por garotos diferentes a cada mês e na maioria das vezes à primeira vista. Não tinha vergonha de correr atrás e muito menos de assumir o que sentia, era até bastante inconsequente em suas atitudes. Era ela mesma e ponto final, aliás, ponto final não, reticências...
Um dia chateada por seu escolhido de setembro de olhos azuis ter preferido a sua amiga linda de olhos verdes, chorava incontrolavelmente no corredor da escola, - ela fazia isso sempre que levava um fora tendo praticamente a certeza de que o digníssimo fosse o último da espécie na face da terra - até que outro menino, nem tão bonito assim, nem tão inteligente, nem tão sincero, mas super popular, se aproximou para consolá-la. Tudo bem que não era o colo dele que ela queria, mas chegou em boa hora e bem acompanhado de um bom abraço e uma boa lábia.
Eis que surgia uma nova paixão. "Outra? Mais uma? Até quando?" , todos perguntavam, mas no fundo Mariah sabia que essa era diferente, avassaladora, verdadeira, arriscaria dizer que até chegou muito perto de se transformar em amor se o tivesse conhecido.
Foi o céu e o inferno no sentido mais intenso da expressão. Eram beijos intermináveis, juras ao pé do ouvido, sorrisos, risadas, palavras doces, desejo que saltava nos olhares de ambos. E também noites mal dormidas, ligações não atendidas, sumiços repentinos, mentiras, traições, choro, sofrimento.
Todas as belas e más lembranças de sua juventude se encontravam perdidas naqueles dois anos que passaram juntos. Tudo o que ela queria era mostrar às amigas o quanto estava sendo amada, tudo o que ele queria era mostrar aos amigos que sua lista de meninas idiotas tinha aumentado.
O fato é que ela perdeu sua inocência e ele ganhou mais um troféu. Mariah não se arrepende, embora ainda tenha memórias não tão agradáveis da época, foi lá que aprendeu a fechar o seu livro, a ouvir mais, a sentir menos.
Ruim ou não, começou a ter medo da entrega e percebeu que valia muito mais que o prazer. Hoje sente vontade de estar perto, de dormir abraçada com alguém, mas ela quer mais, ela merece mais do que uma noite. Ser desejada faz bem para o ego, mas não é o suficiente para uma mulher, nunca foi...
É com a frase de Marilyn Monroe, longe de qualquer prepotência, que Mariah resumiria toda essa história na esperança de que um dia vocês, garotos, entendam o que se passa dentro de seu coração: "Não me falta homem, o que me falta é amor."



 

Sample text

Sample Text

"Vista-se mal e notarão o vestido. Vista-se bem e notarão a mulher." (Coco Chanel)